segunda-feira, 11 de junho de 2012

Antigas correspondências

[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
Ponte]
13. A Traição de Idéia. Assunto encerrado. Outro ponto que destaquei=pincei
do Evangelho de São Judas foi a descrição do paraíso feita por
Jesus=Josuá=Joxuá a Judas, spin tesoureiro, pertencente à raça humana: um
lugar distante. De fato. Há 777.777 anos atrás, na Idade Média do Período
Pleistoceno da nossa história, foi esta a visão de Idéia do paraíso: nós
aqui, seres inacabados e lá, no infinito, bem longe, a nossa origem, nosso
verdadeiro espaço=tempo. No momento, não estou muito a fim de retornar
àquele tempo primevo. Deixa isto prá lá. Só nos interessa aquilo que, no
momento, nos traga algum conhecimento. Se você viu um ET mas isto não te
trouxe nada em termos de conhecimento, esqueça. Isto não vale nada. Tudo,
tudo , mas tudo pelo conhecimento integral, este que nos religa ao Integral
Perfeito, o criador de todas as coisas, de tudo aquilo que existe=inexiste.
Foi num sonho que isto me foi dito: "o que vale é o conhecimento, não os
ossos".

10/04/2006 09:10





[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
Ponte]
13. O que mais me chamou a atenção no documentário "O Evangelho Segundo São
Judas" exibido nesta noite pelo National Geografic? Ontem, como não teve o
show do spin cantor, cheguei mais cedo em casa e, por coincidência, estava
passando na tv,spin verbalizador, pessoa jurídica, o Evangelho Segundo São
Judas. O que mais me chamou a atenção não foi o quando Jesus quis ensinar,
até que ponto ele foi. Para ensinar, consentiu sua traição como, de fato, é
toda traição. E há, por acaso, alguma traição que, de alguma forma, não
tenha sido provocada=desencadeada=permitida=consentida pelo traído=chifrudo?
Não há. No fundo no fundo, a traição é sempre um movimento=situação
permitida=consensual, inclusive no epísódio Tiradentes, spin dentista,
pertencente à raça humana. Barrabás=Calabar=Judas... Todos santos.

10/04/2006 09:01



[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
Ponte]
13. Dirão: o mais correto não seria começar o ano em 21 de março, dia do
equinócio, início do signo de aires? Não interessa! Isto seria o lógico.
Ocorre que não estou a fim de ser lógico=perfeito. Mas posso mudar de idéia
a qualquer momento e voltar a adotar o dia 21 de abril como sendo o primeiro
dia do ano. No momento não quero assim e, no momento, estou inspirado, tanto
quanto aquele que escreveu=olhou=foi o Evangellho de São Judas. Vi ontem a
noite na TV, spin verbalizadora, pessoa jurídica National Greografic,
www.natgeo.com.br/judas. O programa vai ser reprisado no próximo sábado, se
não me engano, às 21 horas. Grave no seu DVD=Vídeo cassete, pois se tratade
um longo documentário. Ninguém dá conta de assistir até o final. Eu por
exemplo não dei conta. Vou colocar no lembrete do celular para não esquecer:
sábado de aleluia, evangelho São Judas. Como estes bispos são cretinos. O
bispo irineu pode=deve tocado fogo nos origais escritos em grego. Ainda bem
que alguém havia copiado.

10/04/2006 08:55



[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
Ponte]
13. Quais outros meu sintomas=traços espirituais=sexuais=materiais que eu
poderia relacionar? Ontem um amigo me disse que preciso entrar na umbanda
para me soltar mais. Ele ( folheando a Orixás, aqui em casa): você precisa
se soltar mais. É muito preso. Muito tenso. Eu: você tem rasão. Sou muito
esquisito mesmo. Travado até dizer chega. Preciso me extravasar. Ele:
falando nisso, como é que a gente descobre o santo=orixá=protetor da gente?
É pela data de nascimento? Eu: acho que não. Isto é horóscopo. Ele: eu sou
de áries. O mundo começa em áries, final de março começo de abril. Eu (
olhando para o meu calendário, o calendário de Idéia, pendurado na parede):
engraçado, o que você está dizendo tem a ver com este meu calendário. No meu
calendário, este ano de 2006, que na verdade é o ano 666.666, começou no dia
29 de março último. Este ano teve seu início marcado pelo eclipse solar
total, ou seja, sol=lua=terra, espírito=sexo=matéria. O meu tempo começou a
ser contado nesta data.

10/04/2006 08:44



[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
Ponte]
13. Desculpa a lentidão. Este micro=pc tá quase parando. Já perdi alguns
post a este post. Não adianta. Escrevo=lembro tudo de novo. Eu havia
escrito=lembrado do Evangelho São Judas. Foi destinado a uma coisa: o
ensinamento=aprendidado. Deixa isso prá lá. Não estou a fim de
lembrar=olhar=ser isso agora. Quero falar não do passado nem do futuro mas
do presente. Olhar ao meu redor e perceber o quanto há por fazer: esta casa
por arrumar, as roupas por lavar=passar. Ainda não lanchei hoje. Se to
tomando algum remédio? Não. Somente vitamina C, de vez em quando. E um
supositório, de vez em quando. De tanto ficar sentando=escrevendo começa a
incomodar. Um momento. Vou colocar o supositório. Devo=posso sofrer também
de obesidade. Não obesidade física mas obesidade do ego=olho=ser. Ah, são
tantas as doenças! No fundo fundo sofro=olho=sou todas as doenças do mundo.
Tudo o que existe=inexiste está gravado em mim. O que eu deveria=poderia
fazer: para de escrever e cuidar da minha vida. Isto sim...

10/04/2006 08:34



[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
Ponte]
13.13. No post "João Paulo Cunha: petista decide até hoje à tarde se atrasa
sua votação" que pode ser encontrado no arquivo=armário identificado como
26/03/2006 a 01/04/2006, esta obra sem precedentes na literatura médica foi
iniciada. Esta obra prima=ímpar começou a ser escrita no dia 29/03/2003 no
espaço reservado aos comentário aos post "João Paulo Cunha: petista decide
até hoje à tarde se atrasa sua votação." Foi ali onde tudo começou. Eclipse
total quer dizer sol=lua=terra, ou seja, espírito=sexo=matéria. Eu sabia que
aquele eclipse iria inteferir em muitas mentes, Palocci, ex-ministro,
pertencente à raça humana, foi uma das vítimas daquele fatídico
eclipse=insulfilme=escuridão=anuviamento total. Quando o mundo estava assim,
perdido, cheguei=voltei. E trago de volta o Evangelo Segundo São Judas. O
que acho da traição? Um aprendizado. Toda traição é, no fundo no fundo,
autorizada=consentida. Por isso esta história de traição não existe. Nunca
existiu. Jamais existirá=olhará.

10/04/2006 08:25



[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
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13.No post "João Paulo Cunha e Clive Owen Separados no nascimento"
informei=escrevi as horas sem ninguém me perguntar. Como fui impertinente!
Isto que estou escrevendo não é para você. É para o(a)
psiquiatra=ortopedista. Falando em médico, preciso consultar um homeopata
unicista. O nome dele é Carlos Lima Melo. Só não posso me consultar com
aquele que, em 1982, meu deu 6 meses de vida. Nem sei se este ainda está
vivo. Preciso me comsultar com o Dr. Carlos e Dr. Jorge. Estes são vizinhos.
O Dr. Jorge é cego. Quando me consultei uma vez com ele, ligou o blog do
Fernando Rodrigues e o computador começou a falar o que eu havia escrito
neste blog. O que eu havia escrito? Sobre o meu desejo de ser velado por uma
carpideira profissional no dia da minha morte. Este desejo não possuo mais.
Ao invés de carpideiras quero festa. Muita festa. O meu corpo será
transformando no corpo de Nerfertiti. Vi num sonho. O meu e sexo ocultos.
Idéia Sem Rosto, Idéia Sem Sexo.

10/04/2006 08:05



[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
Ponte]
13. No post "João Paulo Cunha e Clive Owen Separados no nascimento" disse de
um rosário de doenças=sintomas do qual padeço=olhou=sou. Depois me lembrei
de outras. Um momento. Escrevi no lembrete do celular. Vou transcrever prá
cá, para os(as) psicoterapêutas tomarem consciência do problema: ejaculação
precoce, esvaziamento afetivo, gastrite, mau hálito, flatulência, insônia,
mania de escrever quando deveria agir=praticar=existir, um pouco fora
da=desta realidade=presente, fixação do pensamento na morte, caos total
causado pela falta de administração do tempo, desorganição absoluta. De vez
em quando, me percebo sendo portador de outras doenças imaginárias. Se já
sofri de gravidez imaginária? Por volta dos 17 anos de idade. Nunca mais. Um
amigo sofreu desta doença. Era o sonho dele. Saiu na capa do jornal com
aquele barrigão, ou seja, grávido. Se ele era gay? Não. Nem o Padre Pinto e
nem Fernando Esper, estilistas, pertencentes à raça humana. Prometi para mim
mesmo que iria ficar sem

10/04/2006 07:50



[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
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13. Com isto não quero dizer que estou alheio ao post "PGR Antônio Fernando
e papa Bento 16 Separados no nascimento." Até a roupa é parecida. Levei um
tempão para perceber que o Procurador Geral da República não era, na
verdade, um bispo. Fiquei me perguntando: quem é esta figura? Que bispo é
esse? Ou será um outro papa, sei lá, de outra religião ou um papa falecido.
Como sofro de THDA = Transtorno de Hiperatividade pensei isso. Depois é que
lendo o que estava escrito é que vi tratar-se de um funcionário público.
Estou me curando da THDA. Hoje tem psicoterapia. Como é a terapia? O spin
médico liga o computador e começa a ler o que escrevo no blog do Fernando
Rodrigues. Pinça=destaca alguma coisa e, assim se desenrola o tratatmento.

10/04/2006 07:39



[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
Ponte]
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10/04/2006 07:31



[jose carlos lima] [jose.carlos.lima@hotmail.com] [Goiânia - Rio Meia
Ponte]
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10/04/2006 07:29

Abraço=grato,

José Carlos Lima

Goiânia - Rio Meia Ponte

Fonte: www.uol.com.br. Vá em blogs. Depois em Blog do Fernando Rodrigues.
No armário=arquivo 09/03/2006 a 15/03/2006 no post "PGR Antônio Fernando e
papa Bento 16
Separados no nascimento" tem um espaço chamado comentários. Estou
lá=ali=aqui.

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Fonte: SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 1974. pág. 7-11. Introdução.
Fragmento de:

Sobre o behaviorismo - Introdução - pág. 7-11

B. F. Skinner



O Behaviorismo não é a ciência do comportamento humano, mas, sim, a filosofia dessa ciência. Algumas das questões que ele propõe são: É possível tal ciência? Pode ela explicar cada aspecto do comportamento humano? Que métodos pode empregar? São suas leis tão válidas quanto as da Física e da Biologia? Proporcionará ela uma tecnologia e, em caso positivo, que papel desempenhará nos assuntos humanos? São particularmente importantes suas relações com as formas anteriores de tratamento do mesmo assunto. O comportamento humano é o traço mais familiar do mundo em que as pessoas vivem, e deve ter dito mais sobre ele do que sobre qualquer outra coisa. E de tudo o que foi dito, o que vale a pena ser conservado?

Algumas dessas questões serão eventualmente respondidas pelo êxito ou pelo malogro das iniciativas científica e tecnológica, mas colocam-se alguns problemas atuais, os quais exigem que respostas provisórias sejam dadas de imediato. Muitas pessoas inteligentes acreditam que as respostas já foram encontradas e que nenhuma delas é promissora. Eis, como exemplo, algumas das coisas comumente ditas sobre o Behaviorismo ou a ciência do comportamento. Creio que são todas falsas.

1. O Behaviorismo ignora a consciência, os sentimentos e os estados mentais.

2. Negligencia os dons inatos e argumenta que todo comportamento é adquirido durante a vida do indivíduo.

3. Apresenta o comportamento simplesmente como um conjunto de respostas a estímulos, descrevendo a pessoa como um autômato, um robô, um fantoche ou uma máquina.

4. Não tenta explicar os processos cognitivos.

5. Não considera as intenções ou os propósitos.

6. Não consegue explicar as realizações criativas -- na Arte, por exemplo, ou na Música, na Literatura, na Ciência ou na Matemática.

7. Não atribui qualquer papel ao eu ou à consciência do eu.

8. É necessariamente superficial e não consegue lidar com as profundezas da mente ou da personalidade.

9. Limita-se à previsão e ao controle do comportamento e não apreende o ser, ou a natureza essencial do homem.

10. Trabalha com animais, particularmente com ratos brancos, mas não com pessoas, e sua visão do comportamento humano atém-se, por isso, àqueles traços que os seres humanos e os animais têm em comum.

11. Seus resultados, obtidos nas condições controladas de um laboratório, não podem ser reproduzidos na vida diária, e aquilo que ele tem a dizer acerca do comportamento humano no mundo mais amplo torna-se, por isso, uma metaciência não-comprovada.

12. Ele é supersimplista e ingênuo e seus fatos são ou triviais ou já bem conhecidos.

13. Cultua os métodos da Ciência mas não é científico; limita-se a emular as Ciências.

14. Suas realizações tecnológicas poderiam ter sido obtidas pelo uso do senso comum.

15. Se suas alegações são válidas, devem aplicar-se ao próprio cientista behaviorista e, assim sendo, este diz apenas aquilo que foi condicionado a dizer e que não pode ser verdadeiro.

16. Desumaniza o homem; é redutor e destrói o homem enquanto homem.

17. Só se interessa pelos princípios gerais e por isso negligencia a unicidade do individual.

18. É necessariamente antidemocrático porque a relação entre o experimentador e o sujeito é de manipulação e seus resultados podem, por essa razão, ser usados pelos ditadores e não pelos homens de boa vontade.

19. Encara as idéias abstratas, tais como moralidade ou justiça, como ficções.

20. É indiferente ao calor e à riqueza da vida humana, e é incompatível com a criação e o gozo da arte, da música, da literatura e com o amor ao próximo.

Creio que estas afirmações representam uma extraordinária incompreensão do significado e das realizações de uma empresa científica. Como se pode explicar isso? A história dos primórdios do movimento talvez tenha causado confusão. O primeiro behaviorista explícito foi John B. Watson, que, em 1913, lançou uma espécie de manifesto chamado A Psicologia tal Como a Vê um Behaviorista. Como o título mostra, ele não estava propondo uma nova ciência mas afirmando que a Psicologia deveria ser redefinida como o estudo do comportamento. Isto pode ter sido um erro estratégico. A maioria dos psicólogos da época acreditava que seus estudos estavam voltados para os processos mentais num mundo mental consciente e, naturalmente, não se sentiam propensos a concordar com Watson. Os primeiros behavioristas gastaram muito tempo e confundiram um problema central importante ao atacar o estudo introspectivo da vida mental.

O próprio Watson fez importantes observações acerca do comportamento instintivo e foi, na verdade, um dos primeiros etologistas no sentido moderno; impressionou-se muito, porém, com as novas provas, acerca daquilo que um organismo podia aprender a fazer, e fez algumas alegações exageradas, acerca do potencial de uma criança recém-nascida. Ele próprio considerou-as exageradas, mas, desde então, tais alegações têm sido usadas para desacreditá-lo. Sua nova ciência nascera, por assim dizer, prematuramente. Dispunha-se de muito poucos fatos relativos ao comportamento -- particularmente o comportamento humano. A escassez de fatos é sempre um problema para uma ciência nova, mas para o programa agressivo de Watson, num campo tão vasto quanto o do comportamento humano, era particularmente prejudicial. Fazia-se mister um suporte de fatos maior do que aquele que Watson foi capaz de encontrar e, por isso, não é de surpreender que muitas de suas declarações pareçam simplificadas e ingênuas.

Entre os fatos de que dispunha, relativos ao comportamento, estavam os reflexos e os reflexos condicionados, e Watson explorou-os ao máximo. Todavia, o reflexo sugeria um tipo de causalidade mecânica que não era incompatível com a concepção que, o século XIX tinha de uma máquina. A mesma impressão fora dada pelo trabalho do filósofo russo Pavlov, publicado mais ou menos na mesma época, e não foi corrigida pela psicologia do estímulo-resposta, surgida nas três ou quatro décadas seguintes.

Watson naturalmente destacou os resultados mais passíveis de reprodução que pôde descobrir, e muitos deles foram obtidos com animais -- os ratos brancos da Psicologia animal e os cães de Pavlov. Parecia estar implícito que o comportamento humano não tinha características distintivas. E, para apoiar a sua afirmação de que a Psicologia era uma ciência, e para preencher o seu livro, ele fez empréstimos da anatomia e da fisiologia. Pavlov adotou a mesma linha ao insistir em que seus experimentos sobre o comportamento eram, na realidade, "uma investigação da atividade fisiológica do córtex cerebral", embora nenhum dos dois pudesse apontar qualquer observação direta do sistema nervoso que esclarecesse o comportamento. Eles foram também forçados a fazer interpretações apressadas do comportamento complexo; Watson afirmando que o pensamento era apenas uma fala subvocal e Pavlov, que a linguagem não passava de "um segundo sistema de sinais". Nada, ou quase nada, tinha Watson a dizer a respeito de intenções, propósitos ou criatividade. Ele acentuava a promessa tecnológica de uma ciência do comportamento, mas seus exemplos não eram incompatíveis com um controle manipulador.

Mais de sessenta anos se passaram desde que Watson publicou seu manifesto e muita coisa ocorreu nesse período. A análise científica do comportamento tem feito progressos dramáticos, e as deficiências da apresentação de Watson são agora, creio eu, principalmente de interesse histórico. Contudo, a crítica não mudou muito. Todas as incompreensões apontadas acima são encontráveis em publicações correntes, escritas por filósofos, teólogos, cientistas sociais, historiadores, homens e mulheres de letras, psicólogos e muitos outros. As extravagâncias da história anterior do movimento dificilmente bastarão para explicar tais incompreensões.

Alguns problemas surgem, sem dúvida, do fato de ser o comportamento humano um campo delicado. Há muita coisa em jogo no modo por que nos vemos a nós mesmos e uma formulação behaviorista certamente exige mudanças perturbadoras. Além disso, termos originários de formulações anteriores estão hoje incorporados à nossa linguagem, sendo que, durante séculos, tiveram um lugar tanto na literatura técnica quanto na literatura leiga. Todavia, seria injusto afirmar que o crítico não foi capaz de libertar-se desses preconceitos históricos. Deve haver alguma outra razão que explique por que o behaviorismo, como a filosofia de uma ciência do comportamento, é ainda tão mal compreendido.

Creio que a explicação disso reside no fato de que a Ciência é, em si mesma, mal compreendida. Há muitos tipos de ciência do comportamento, e algumas, como mostrarei mais tarde, apresentam seu campo de estudos de maneira a não suscitar importantes questões relativas ao comportamento. As críticas acima apontadas são respondidas de forma deveras eficaz por uma disciplina especial que recebeu o nome de análise experimental do comportamento. O comportamento de organismos individuais é estudado em ambientes cuidadosamente controlados, sendo a relação entre comportamento e ambiente então formuladas, infelizmente, fora do grupo dos especialistas, muito pouco se conhece acerca dessa análise. Seus investigadores mais ativos, e há centenas deles, raramente fazem qualquer esforço para explicar seus resultados àqueles que não são especialistas. Em conseqüência disso, poucas pessoas estão familiarizadas com os fundamentos científicos do que, a meu ver, é a mais convincente exposição do ponto de vista behaviorista.

O behaviorismo que apresento neste livro é a filosofia dessa versão especial de uma ciência do comportamento. O leitor deve saber que nem todos os behavioristas concordam com tudo quanto digo. Watson falou pelo "behaviorista" e em seu tempo ele era o behaviorista mas ninguém pode assumir esse papel hoje em dia. O que se segue é, admito -- e, como um behaviorista, devo dizer necessariamente --, um ponto de vista pessoal. Creio, todavia, que se trata de uma descrição consistente e coerente, a qual responde de modo satisfatório às criticas acima citadas.

Acredito também em sua importância. Os maiores problemas enfrentados hoje pelo mundo só poderão ser resolvidos se melhorarmos nossa compreensão do comportamento humano. As concepções tradicionais têm estado em cena há séculos e creio ser justo dizer que se revelaram inadequadas. São, em grande parte, responsáveis pela situação em que nos encontramos hoje. O behaviorismo oferece uma alternativa promissora e eu escrevi este livro como um esforço para tornar clara tal posição.
(...)

* O texto integral encontra-se disponível na bibliografia indicada acima.


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Fonte: SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 1974. pág. 7-11. Introdução.
Fragmento de:

Sobre o behaviorismo - Introdução - pág. 7-11

B. F. Skinner



O Behaviorismo não é a ciência do comportamento humano, mas, sim, a filosofia dessa ciência. Algumas das questões que ele propõe são: É possível tal ciência? Pode ela explicar cada aspecto do comportamento humano? Que métodos pode empregar? São suas leis tão válidas quanto as da Física e da Biologia? Proporcionará ela uma tecnologia e, em caso positivo, que papel desempenhará nos assuntos humanos? São particularmente importantes suas relações com as formas anteriores de tratamento do mesmo assunto. O comportamento humano é o traço mais familiar do mundo em que as pessoas vivem, e deve ter dito mais sobre ele do que sobre qualquer outra coisa. E de tudo o que foi dito, o que vale a pena ser conservado?

Algumas dessas questões serão eventualmente respondidas pelo êxito ou pelo malogro das iniciativas científica e tecnológica, mas colocam-se alguns problemas atuais, os quais exigem que respostas provisórias sejam dadas de imediato. Muitas pessoas inteligentes acreditam que as respostas já foram encontradas e que nenhuma delas é promissora. Eis, como exemplo, algumas das coisas comumente ditas sobre o Behaviorismo ou a ciência do comportamento. Creio que são todas falsas.

1. O Behaviorismo ignora a consciência, os sentimentos e os estados mentais.

2. Negligencia os dons inatos e argumenta que todo comportamento é adquirido durante a vida do indivíduo.

3. Apresenta o comportamento simplesmente como um conjunto de respostas a estímulos, descrevendo a pessoa como um autômato, um robô, um fantoche ou uma máquina.

4. Não tenta explicar os processos cognitivos.

5. Não considera as intenções ou os propósitos.

6. Não consegue explicar as realizações criativas -- na Arte, por exemplo, ou na Música, na Literatura, na Ciência ou na Matemática.

7. Não atribui qualquer papel ao eu ou à consciência do eu.

8. É necessariamente superficial e não consegue lidar com as profundezas da mente ou da personalidade.

9. Limita-se à previsão e ao controle do comportamento e não apreende o ser, ou a natureza essencial do homem.

10. Trabalha com animais, particularmente com ratos brancos, mas não com pessoas, e sua visão do comportamento humano atém-se, por isso, àqueles traços que os seres humanos e os animais têm em comum.

11. Seus resultados, obtidos nas condições controladas de um laboratório, não podem ser reproduzidos na vida diária, e aquilo que ele tem a dizer acerca do comportamento humano no mundo mais amplo torna-se, por isso, uma metaciência não-comprovada.

12. Ele é supersimplista e ingênuo e seus fatos são ou triviais ou já bem conhecidos.

13. Cultua os métodos da Ciência mas não é científico; limita-se a emular as Ciências.

14. Suas realizações tecnológicas poderiam ter sido obtidas pelo uso do senso comum.

15. Se suas alegações são válidas, devem aplicar-se ao próprio cientista behaviorista e, assim sendo, este diz apenas aquilo que foi condicionado a dizer e que não pode ser verdadeiro.

16. Desumaniza o homem; é redutor e destrói o homem enquanto homem.

17. Só se interessa pelos princípios gerais e por isso negligencia a unicidade do individual.

18. É necessariamente antidemocrático porque a relação entre o experimentador e o sujeito é de manipulação e seus resultados podem, por essa razão, ser usados pelos ditadores e não pelos homens de boa vontade.

19. Encara as idéias abstratas, tais como moralidade ou justiça, como ficções.

20. É indiferente ao calor e à riqueza da vida humana, e é incompatível com a criação e o gozo da arte, da música, da literatura e com o amor ao próximo.

Creio que estas afirmações representam uma extraordinária incompreensão do significado e das realizações de uma empresa científica. Como se pode explicar isso? A história dos primórdios do movimento talvez tenha causado confusão. O primeiro behaviorista explícito foi John B. Watson, que, em 1913, lançou uma espécie de manifesto chamado A Psicologia tal Como a Vê um Behaviorista. Como o título mostra, ele não estava propondo uma nova ciência mas afirmando que a Psicologia deveria ser redefinida como o estudo do comportamento. Isto pode ter sido um erro estratégico. A maioria dos psicólogos da época acreditava que seus estudos estavam voltados para os processos mentais num mundo mental consciente e, naturalmente, não se sentiam propensos a concordar com Watson. Os primeiros behavioristas gastaram muito tempo e confundiram um problema central importante ao atacar o estudo introspectivo da vida mental.

O próprio Watson fez importantes observações acerca do comportamento instintivo e foi, na verdade, um dos primeiros etologistas no sentido moderno; impressionou-se muito, porém, com as novas provas, acerca daquilo que um organismo podia aprender a fazer, e fez algumas alegações exageradas, acerca do potencial de uma criança recém-nascida. Ele próprio considerou-as exageradas, mas, desde então, tais alegações têm sido usadas para desacreditá-lo. Sua nova ciência nascera, por assim dizer, prematuramente. Dispunha-se de muito poucos fatos relativos ao comportamento -- particularmente o comportamento humano. A escassez de fatos é sempre um problema para uma ciência nova, mas para o programa agressivo de Watson, num campo tão vasto quanto o do comportamento humano, era particularmente prejudicial. Fazia-se mister um suporte de fatos maior do que aquele que Watson foi capaz de encontrar e, por isso, não é de surpreender que muitas de suas declarações pareçam simplificadas e ingênuas.

Entre os fatos de que dispunha, relativos ao comportamento, estavam os reflexos e os reflexos condicionados, e Watson explorou-os ao máximo. Todavia, o reflexo sugeria um tipo de causalidade mecânica que não era incompatível com a concepção que, o século XIX tinha de uma máquina. A mesma impressão fora dada pelo trabalho do filósofo russo Pavlov, publicado mais ou menos na mesma época, e não foi corrigida pela psicologia do estímulo-resposta, surgida nas três ou quatro décadas seguintes.

Watson naturalmente destacou os resultados mais passíveis de reprodução que pôde descobrir, e muitos deles foram obtidos com animais -- os ratos brancos da Psicologia animal e os cães de Pavlov. Parecia estar implícito que o comportamento humano não tinha características distintivas. E, para apoiar a sua afirmação de que a Psicologia era uma ciência, e para preencher o seu livro, ele fez empréstimos da anatomia e da fisiologia. Pavlov adotou a mesma linha ao insistir em que seus experimentos sobre o comportamento eram, na realidade, "uma investigação da atividade fisiológica do córtex cerebral", embora nenhum dos dois pudesse apontar qualquer observação direta do sistema nervoso que esclarecesse o comportamento. Eles foram também forçados a fazer interpretações apressadas do comportamento complexo; Watson afirmando que o pensamento era apenas uma fala subvocal e Pavlov, que a linguagem não passava de "um segundo sistema de sinais". Nada, ou quase nada, tinha Watson a dizer a respeito de intenções, propósitos ou criatividade. Ele acentuava a promessa tecnológica de uma ciência do comportamento, mas seus exemplos não eram incompatíveis com um controle manipulador.

Mais de sessenta anos se passaram desde que Watson publicou seu manifesto e muita coisa ocorreu nesse período. A análise científica do comportamento tem feito progressos dramáticos, e as deficiências da apresentação de Watson são agora, creio eu, principalmente de interesse histórico. Contudo, a crítica não mudou muito. Todas as incompreensões apontadas acima são encontráveis em publicações correntes, escritas por filósofos, teólogos, cientistas sociais, historiadores, homens e mulheres de letras, psicólogos e muitos outros. As extravagâncias da história anterior do movimento dificilmente bastarão para explicar tais incompreensões.

Alguns problemas surgem, sem dúvida, do fato de ser o comportamento humano um campo delicado. Há muita coisa em jogo no modo por que nos vemos a nós mesmos e uma formulação behaviorista certamente exige mudanças perturbadoras. Além disso, termos originários de formulações anteriores estão hoje incorporados à nossa linguagem, sendo que, durante séculos, tiveram um lugar tanto na literatura técnica quanto na literatura leiga. Todavia, seria injusto afirmar que o crítico não foi capaz de libertar-se desses preconceitos históricos. Deve haver alguma outra razão que explique por que o behaviorismo, como a filosofia de uma ciência do comportamento, é ainda tão mal compreendido.

Creio que a explicação disso reside no fato de que a Ciência é, em si mesma, mal compreendida. Há muitos tipos de ciência do comportamento, e algumas, como mostrarei mais tarde, apresentam seu campo de estudos de maneira a não suscitar importantes questões relativas ao comportamento. As críticas acima apontadas são respondidas de forma deveras eficaz por uma disciplina especial que recebeu o nome de análise experimental do comportamento. O comportamento de organismos individuais é estudado em ambientes cuidadosamente controlados, sendo a relação entre comportamento e ambiente então formuladas, infelizmente, fora do grupo dos especialistas, muito pouco se conhece acerca dessa análise. Seus investigadores mais ativos, e há centenas deles, raramente fazem qualquer esforço para explicar seus resultados àqueles que não são especialistas. Em conseqüência disso, poucas pessoas estão familiarizadas com os fundamentos científicos do que, a meu ver, é a mais convincente exposição do ponto de vista behaviorista.

O behaviorismo que apresento neste livro é a filosofia dessa versão especial de uma ciência do comportamento. O leitor deve saber que nem todos os behavioristas concordam com tudo quanto digo. Watson falou pelo "behaviorista" e em seu tempo ele era o behaviorista mas ninguém pode assumir esse papel hoje em dia. O que se segue é, admito -- e, como um behaviorista, devo dizer necessariamente --, um ponto de vista pessoal. Creio, todavia, que se trata de uma descrição consistente e coerente, a qual responde de modo satisfatório às criticas acima citadas.

Acredito também em sua importância. Os maiores problemas enfrentados hoje pelo mundo só poderão ser resolvidos se melhorarmos nossa compreensão do comportamento humano. As concepções tradicionais têm estado em cena há séculos e creio ser justo dizer que se revelaram inadequadas. São, em grande parte, responsáveis pela situação em que nos encontramos hoje. O behaviorismo oferece uma alternativa promissora e eu escrevi este livro como um esforço para tornar clara tal posição.
(...)

* O texto integral encontra-se disponível na bibliografia indicada acima.


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